O que querem nossos "salvadores"?
Na foto, representação de Jesus Cristo. Esse fez bem, sem saber a quem.
Faz 2012 anos que não temos líderes que se espelhem nesse exemplo.
Nesses tempos de crise, nós, todos, ficamos decepcionados com todo nosso sistema político, questionando sempre se esse é eficiente em suprir as necessidades da população.
Na entrada do séc. XXI, a necessidade de reformas em alguns segmentos produtivos da sociedade já se mostram obrigatórias, e, inclusive, começam a ganhar apoio amplo da população. Já existe um consenso de que o mundo deve: 1) proteger o meio ambiente; 2) não admitir a corrupção ; e 3) combater a pobreza, por meio da justiça social. Isso é evidente.
O problema são as lideranças que andam aparecendo por aí, que, embora afirmem ser protetores do verde ou combatentes vorazes da corrupção, nem sempre se comportam como se fossem, e, suas atitudes, nem sempre condizem com seus discursos. Não quero citar nomes, até porque não quero sair julgando e ofendendo aqueles que por um acaso simpatizem com essas lideranças.
Mas fato é que essas lideranças muitas vezes se aliam ao governo (que tanto dizem serem contrários) de modo a “suavizarem” suas críticas em troca de cargos e outros privilégios. Além disso, muitos grupos que se dizem preocupados com o meio-ambiente tupiniquim são financiados por organizações internacionais que pouco estão ligando para o verde, mas, que na verdade, querem “atrasar” o desenvolvimento brasileiro utilizando-se da causa ambiental para isso.
E quando se fala dos preponderantes grupos de neo-esquerdistas brasileiros então...
Por detrás da radicalidade, planos e teorias impraticáveis (por vezes até cômicas), muitos daqueles que se consideram “esquerdistas” vivem uma vida com gozo pleno de muitos confortos capitalistas, e digo mais, não abrem mão desses luxos de jeito nenhum.
E muito me intriga que esses grupos, de comunistas só no nome, ou partidos de operários — que não têm operários filiados, mas, sim, uma galera da elite social que resolveu bancar o revolucionário —, tenham colocado seus tentáculos agora no movimento estudantil, não para defenderem os interesses dos estudantes (nem de longe!), mas, para utilizar o aparato dos diretórios acadêmicos como plataforma de campanha!
Logo, não se trata de tecer críticas gratuitas. Nós, população, verdadeiros trabalhadores, devemos estar “de olhos abertos” com esses novos líderes messiânicos, que podem estar se aproveitando de nossas causas para ganharem controle e domínio na sociedade. Devemos nesse momento, aguçarmos nossa percepção, para não cairmos nas armadilhas tanto daqueles que nos oprimem, ou daqueles que fingem nos proteger.
Cristovan Grazina
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